Professores da Universidade Federal de Ouro Preto decidiram em assembleia realizada ontem (11) entrar em greve a partir da próxima segunda-feira (15/4). A reunião aconteceu no Campus do Morro do Cruzeiro em Ouro Preto com transmissão simultânea em João Monlevade. Foram 171 votos favoráveis, 31 votos contra e 5 abstenções. Com isso, os docentes aderem ao movimento dos servidores técnicos administrativos da universidade parados desde 11 de março. Não existe ainda previsão de retorno das atividades acadêmicas da UFOP.

A paralisação é uma resposta a proposta inicial do governo federal de reajuste salarial zero para o funcionalismo público federal em 2024. Entre as reivindicações, estão a reposição de perdas salariais acumuladas durante os governos Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL), mais investimentos nas instituições, a reestruturação dos planos de carreira, o reajuste imediato dos auxílios e bolsas de estudantes e a realização de um concurso para contratação de funcionários.

Segundo o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), em Minas Gerais 31 instituições decidiram pela paralisação de suas atividades. No Brasil, a adesão à greve foi aprovada em 445 unidades em 21 estados. 

A UFOP aguarda agora uma decisão das negociações entre o governo federal e os representantes dos docentes e se prepara para os impactos da paralisação nas atividades da instituição.

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Repórter: Michelle Schiavoni