Pico do Itacolomi/ Estado de Minas

Parques de Ibitipoca e do Itacolomi serão administrados por iniciativa privada

No dia 23 de maio, foi assinado o contrato de concessão à iniciativa privada dos Parques Estaduais de Ibitipoca e do Itacolomi. O acordo assinado, que tem validade pelos próximos 30 anos, foi feito pelo Governo de Minas Gerais, por meio do Instituto Estadual de Florestas (IEF) e a empresa privada Parques Fundo de Investimento em Participações em Infraestrutura.


O Parque Estadual do Ibitipoca está localizado no município de Lima Duarte, na região da Zona da Mata mineira, e é conhecido por suas belas paisagens naturais, cachoeiras e trilhas. Já o Parque Estadual do Itacolomi está situado entre os municípios de Ouro Preto e Mariana, e abriga o Pico do Itacolomi, um dos pontos mais altos da região.


O Instituto Estadual de Florestas (IEF) continuará sendo responsável pela gestão das unidades, mantendo suas atribuições relacionadas à conservação ambiental, fomento de pesquisas, educação ambiental e validação do contrato de concessão.


Nesse caso, o IEF será encarregado de monitorar e fiscalizar o desempenho do parceiro privado, garantindo que as atividades realizadas estejam em conformidade com as diretrizes de preservação e uso sustentável dos parques. Essa abordagem busca assegurar que a empresa concessionária cumpra os termos do contrato, mantendo os padrões de conservação e qualidade dos serviços oferecidos aos visitantes.


A concessão de uso de parques estaduais para empresas privadas é uma prática adotada por alguns governos como forma de promover corte de gastos. Com a privatização, a economia estimada por parte do Estado é de  R$ 2 milhões por ano. Além disso, a concessão também prevê a geração de cerca de 1,6 mil empregos que devem ser criados como resultado das atividades relacionadas à gestão e operação dos parques. 


Embora a concessão dos parques estaduais do Ibitipoca e Itacolomi possa trazer potenciais benefícios econômicos e de desenvolvimento, é importante considerar também alguns possíveis impactos negativos associados a esse tipo de contrato. 


Alguns desses impactos incluem a privatização de patrimônio natural, que pode cercear a visitação da comunidade local e de determinados grupos sociais que não teriam condição de pagar os possíveis altos custos dos preços de entrada nos parques; o foco excessivo no lucro, podendo comprometer a preservação dos ecossistemas e riscos de descumprimento dos termos do contrato.


Caberá agora à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e ao IEF acompanhar de perto toda e qualquer ação da Parques Fundo de Investimento em Participações em Infraestrutura. No estado onde as corporações já corroeram o meio ambiente e devastaram fauna, flora e vida humana, uma ação dessa tem que ser vigiada e sofrer intervenções antes de mais um desastre acontecer.


Acesse o áudio


Por: Lênio Monsores

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