Julia Moraes / Greenpeace

Suprema Corte da Inglaterra nega pedido da mineradora BHP sobre a exclusão de novos indenizados

A Suprema Corte da Inglaterra negou o recurso da empresa mineradora BHP contra a inclusão de mais vítimas a serem indenizadas pela empresa por causa do rompimento da barragem do Fundão em 2015.


Em março deste ano, a Suprema Corte acatou a inclusão de novos autores, passando de 200 mil para 700 mil indenizados, incluindo pessoas, municípios, entidades religiosas e comunidades tradicionais também dos estados do Rio de Janeiro e Bahia. Além disso, os valores de indenização aumentaram de R$ 32 bilhões para R$ 230 bilhões. O aumento não é somente consequência da inclusão de novas vitimas, mas também pelos juros acumulados.


O processo que foi aberto em 2018, tinha a data do julgamento final para abril de 2024 mas com a alta complexidade do caso, foi alterado para outubro de 2024. Com o aumento dos valores a serem pagos, ultrapassando os 3,4 bilhões de dólares que a BHP havia reservado para a compensação, o escritório responsável pela defesa das vítimas, a Pogust Goodhead, levantou questões de possíveis negligências da mineradora com seus investidores.


Com a decisão da corte inglesa, a BHP esgotou todos os recursos legais que poderiam pedir para tentar interromper o processo. A Pogust Goodhead comemorou a vitória afirmando que a decisão é significativa para a busca de reparação e compensação corretas causados pelo maior crime ambiental do Brasil.


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Por: Lênio Monsores

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